Argamassa autolimpante

Uma das grandes dificuldades na manutenção de uma edificação é a periodicidade de limpezas em fachadas devido ao acúmulo de sujidades e proliferação de microrganismos. Nos últimos anos muitos pesquisadores têm se concentrado em encontrar meios para desenvolver materiais autolimpantes, que demandem menos manutenção e que permitam a purificação de ambientes, melhorando o bem-estar dos ocupantes. Neste sentido, a adição de materiais fotocatalíticos em materiais de construção têm se tornado uma realidade que permite tal feito.
Ao adicionar dióxido de titânio em argamassas ou tintas para revestimentos, quando exposto à luz solar, mais precisamente aos raios ultravioletas, este material demonstra capacidades fotocatalíticas, ou seja, ele demostra propriedades de um material semicondutor, capaz de gerar oxidação e dissociação de móleculas de água em íons de hidroxila (OH). Assim, estes íons quando em contato com microrganismos ou mesmo impurezas presentes na atmosfera, são capazes de reagir e removê-los, de modo a “autolimpar” o revestimento no qual está presente.
O dióxido de titânio é amplamente utilizado na indústria devido às suas propriedades tanto purificadoras, quanto na melhoria da tonalidade de materiais que necessitam de cores brancas, assim como quando há necessidade de absorção de raios ultravioletas. Suas aplicações variam desde pigmento para tintas, agente clareador de pastas dentais, corantes alimentícios e agente de absorção de raios UV em protetores solares.
A incorporação de materiais fotocatalíticos como o dióxido de titânio na construção civil já é uma realidade e promete gerar benefícios futuros na redução de manutenção e purificação do ar no ambiente construído. Estudos demonstram que a adição de dióxido de titânio em argamassas não só melhoram seu desempenho na purificação do ar ambiente, como melhoram suas propriedades no estado endurecido.